Já fui alertado por um policial federal, amigo meu e que respeito, no sentido de ter cuidado para não desqualificar as investigações feitas pela Corregedoria. Respondi que não  se trata disso, mas que tenho o dever de informar a verdade. Sem favorecimentos. Sem distorções. O que é, é, o que não é, não é. Vale para todos. Ponto.

O Blog, hoje bem mais amadurecido e cuidadoso,  busca e divulga apenas a verdade ou no mínimo o mais próximo possível da verdade, sempre abrindo espaço para as correções e o contraditório. Aqui não pode ser lugar para se levantar questões de ordem pessoal.

Faço a introdução para dizer que chegou em minhas mãos cópia da matrícula de nº 4479, uma área de 12.000 m² localizada no lugar denominado “Tororão”, no Arraial d ´Ajuda, citada no relatório da Corregedoria e que teria sido adquirida por dois juízes, um promotor e um advogado.

ORIGEM IDÔNEA

Na verdade trata-se de parte de uma gleba de terras adquirida do espólio do ex-prefeito Manoel Carneiro , ainda no ano de 2020, pelos advogados Prates Maia, Hélio Lima, e a esposa de Maia, a desembargadora Roseli Maia – todos pessoas idôneas – em longo processo de inventário e que tramita até os dias atuais.

Posteriormente, ainda no mesmo ano, a área foi revendida, pelo valor de R$ 180.000,00 aos juízes Fernando Paropat e Rogério Barbosa, que a adquiriram juntamente com o promotor Wallace Carvalho e o advogado João Góes.

Até aqui, pelo que se depreende da análise prévia das transações, não existe nenhum ilícito cometido pelos investigados, a não ser, é claro, que eles não tivessem capacidade financeira para tanto. Agora quanto ao tratamento, digamos assim supostamente  diferenciado dado pela prefeitura para aprovação dos projetos imobiliários em tempo recorde, aí só mesmo as investigações poderão revelar.

No mais, é esperar pelas conclusões da Corregedoria.