Macaco velho, já bastante tarimbado pela experiência política, eleitoral  e editorial de muitos anos, bem sei que grupos políticos têm por hábito procurar desacreditar publicamente as pesquisas que lhes são desfavoráveis. Normal. Faz parte das disputas paroquianas. Admitir a derrota de forma antecipada é o que ninguém quer.

Todavia, volto a dizer, pesquisas são pesquisas, e quando não falsas ou manipuladas, seguindo a metodologia exigida pela legislação eleitoral, cada vez mais rigorosa, elas são um instrumento relativamente  seguro para traçar ao menos uma tendência daquilo que de fato ocorre ou que  poderá ocorrer  numa campanha. Quem duvida de uma pesauisa só tem um caminho: ou impugna de forma fundamentada ou manda fazer outra para desmentir. Xingar ou desqualificar não resolve.

Do contrário, as pesquisas não estariam sempre presentes a cada disputa eleitoral.  Existem, sim, margens de erros – alguns gritantes – entrevistas falsas,   mal feitas, manipuladas, encomendadas para atender os interesses do  contratante   e  que mais ao final se revelam diferentes dos números   divulgados. Isso é fato. Maior exemplo foi a eleição do governador Jerônimo Rodrigues e que, contrariando todas as expectativas iniciais, acabou por derrotar ACM Neto.

MÉDIA MAIOR DE ACERTOS

Mas, volto a repetir, ao menos em geral, as pesquisas geralmente acertam seus  prognósticos, oscilando hora para mais, hora para menos. Mas que geralmente acertam, acertam, em especial nas eleições municipais.

E tem mais, não adianta os mal avaliados espernearem ou tentarem difundir uma narrativa diferente, tentando enganar o eleitor – a cada dia mais sabido – sobretudo quando várias pesquisas, de vários  institutos diferentes, revelam a mesma tendência eleitoral.

QUANDO A SITUAÇÃO SE TORNA IRREVERSÍVEL

E o cenário  se revela ainda mais desesperador quando as pesquisas revelam uma distância muito grande de intenções de votos entre os candidatos, o que resulta numa disputa praticamente irreversível para os demais concorrentes, como é o caso de Porto Seguro. Acreditar que o dinheiro ou que pseudo lideranças vão conseguir reverter o que parece irreversível é o caminho mais certo para a derrota e a desilusão.

Uma situação é quando existe uma disputa relativamente equilibrada, outra, bem diferente, é quando o voto de rejeição supera em muito as intenções de votos. Aí não tem mágica,m marqueteiro ou estratégia que dê jeito. Podem ficar mandando beijos diários para a população ou escalar sua tropa de choque para atuar nas redes sociais, mas, realmente, fica difícil, para não dizer impossível, reverter o quadro.

É isso que alguns iludidos ainda não se deram conta, cenário que deve mudar significativamente já nos próximos dias, quando finalmente as pesquisas começarão a ser registradas. .

O blog vai  dividir sua  experiência e sua linha de raciocínio em algumas postagens para não cansar o leitor, respeitando, é  claro, as posições  contrárias, desde que embasadas no pensamento crítico e lógico.

Ou seja, dispensamos desde já opiniões desarrazoadas, apaixonadas, sem lógica ou estribadas no simples desejo de que fulano vai ganhar tão somente por que a pessoa gosta dele ou por que apostou suas fichas numa determinada candidatura.   Afinal, a política precisa ser vista com olhos da razão, jamais com o coração.