Continuando sobre os motivos que nos levam a crer que o prefeito Jânio Natal não terá sucesso na sua reeleição. Ou que ele pode simplesmente desistir da campanha, hipótese que até mesmo pessoas muito próximas a ele consideram possível.
4º A possibilidade do gestor gastar uma fortuna para se reeleger, como sonham muitos dos seus seguidores, não faz parte do jeito Jânio Natal de ser, não é do seu feitio. Aliás, nunca foi. O prefeito é experiente, não é menino e não vai torrar dinheiro sabendo que suas possibIlidades são mínimas. Quem pensar assim, ao que tudo indica, está sonhando. Ou delirando.
Sobre o dinheiro numa campanha, necessário lembrar que ele ainda tem um fator decisivo em muitas cidades do interior. Mas só quando a disputa é relativamente acirrada. Passou o tempo de Parracho, João Carlos, Valdívio, Baiano, Ubaldino e outros, quando, com uma diferença de 3, 4 ou 5 mil votos, uma mala de dinheiro era capaz de comprar as principais lideranças e o voto do eleitor vendilhão. Isso não existe mais.
Hoje a situação política local é completamente diferente. Porto Seguro mudou. Como comprar o voto de 25 mil pessoas ou mais? Dá para imaginar ou cogitar essa possibilidade? Ainda mais com a internet e os aparelhos celulares sempre prontos a captar qualquer abuso de poder econômico ou deslize dos candidatos. Quem não filma e grava quase tudo atualmente, ainda mais em plena campanha?
Ademais, o dinheiro não tem como chegar mais nas mãos do eleitor, posto que se perde quase que totalmente no meio do caminho, geralmente embolsado pelos candidatos a vereador ou por aqueles que posam como lideranças.
Pergunto: quem é o candidato em sã consciência que vai ficar bancando campanha para seus candidatos a vereador? Ainda mais sabendo que em geral os candidatos não pedem o voto casado, se preocupando muito mais com a sua eleição pessoal do que com o sucesso do seu líder político?
COMPRAR APOIO DE PASTOR AINDA RESOLVE?
5º Outra estratégia que infelizmente ainda tem acontecido em nossa cidade é a compra de alguns pastores, com raras e honrosas exceções, o que é uma vergonha para todo cidadão de bem. Chega a embrulhar o estômago.
Sim, o que não faltam atualmente são pastores e seus familiares recebendo na folha de pagamento da prefeitura, o que muitos consideram uma “benção”, ao transformar seus púlpitos e seu pastoreio num verdadeiro balcão de negócios.
Só que se isso fosse realmente suficiente e eles tivessem tanta capacidade de transferência de votos, o gestor certamente não estaria tão mal nas pesquisas. O eleitor já não se deixa enganar mais tão facilmente e sabe perfeitamente quando um pastor se vendeu para um determinado candidato ou não.
Por outro lado, apesar da captação explícita e vergonhosa ocorrida nos últimos meses, muitos pastores não aceitaram as propostas recebidas. Afinal, nem todos são corruptos. Tanto que existem pastores apoiando outras candidaturas pela simpatia ou convicção que nutrem em favor dos demais candidatos. Ou seja, essa tática parece que também não irá funcionar.
Ademais, voto muitas vezes o sujeito não consegue nem comandar o da mulher e dos filhos, que dirá dos demais.