O prefeito Jânio Natal dispensa maiores comentários. Só quem o conhece perfeitamente sabe a figura controversa que é. E eu o conheço muito bem.

Na visão sempre  míope dele, ele pode fazer uso da imprensa de aluguel – aliás, a  mais barata e vergonhosa possível – para atacar duramente seus adversários, mas se alguém  publicar alguma crítica mais ácida  contra o seu desgoverno, seguramente o pior da nossa história em termos de responsabilidade fiscal e administrativa, ele tenta calar os críticos através de processos judiciais.

Mas nem isso tem  dado certo para o atual gestor. Isso porque pela segunda vez em poucos dias  ele tenta retirar matérias postadas por mim em nosso blog e aqui no Face, sob o argumento de que são “informações falsas”  destinadas a lhe prejudicar na sua  tentativa de reeleição, com o  pedido liminar para a retirada das supostas postagens ofensivas sendo indeferido pelo juiz eleitoral.

Afinal, quais são as informações falsas? Faltou dizer e provar que são falsas, de acordo com a decisão do juiz eleitoral.

Se eu estivesse do lado dele, conforme me foi proposto, certamente aí  eu seria gente boa e do “bem”. Mas como recusei o convite, sou o pior jornalista da terra, segundo a sua visão. Faz parte.

VONTADE EU ATÉ  TENHO

Nem vou dizer o que realmente eu penso sobre o prefeito porque aí, sim, de fato, eu incorreria em grave crime eleitoral e  possivelmente contra a sua honra. Uma coisa é ele como pessoa, outra como prefeito. E como prefeito, ao menos na minha opinião pessoal,  ele é simplesmente  uma lástima, um atraso, um retrocesso para Porto Seguro.

Todavia, aproveito para reiterar e dizer que, sim, eu sou um crítico convicto e declarado de uma administração que por mais de 3 anos ostentou o pior índice de saúde do estado da Bahia, segundo dados da Sesab, possibilitando a morte de milhares de pessoas que morreram por falta de médicos, remédios, exames e internações. Pergunto: estou mentindo?  Ora, os  dados são da própria Sesab, não foram por mim inventados.

AO DEUS DARÁ

De uma administração que deixou ruas esburacadas e sem manutenção em pleno centro da cidade – apesar da operação tapa-buraco muito mal feita há poucos e em período eleitoral –  escolas sucateadas, lixo e mato por todos os cantos – sobretudo nos bairros populares – que inchou a folha de pagamento em torno de R$ 10 milhões de reais por mês, ou seja, R$ 480 milhões de reais em 4 anos e que poderiam ser revertidos em favor da população,  ao nomear centenas de apaniguados que muitas vezes nem colocam os pés na prefeitura para trabalhar.

FARRA ELEITORAL

Não, eu não  posso elogiar um desgoverno que teve tudo para melhorar a nossa cidade, que recebeu uma prefeitura com R$ 30 milhões em caixa e com as contas todas pagas, mas que se limitou a cruzar os braços por mais de 3 anos para, agora, em pleno período eleitoral, valer-se de empréstimos milionários – o valor exato não se sabe porque não revelam, mas estima-se que seja algo em torno de R$ 400 milhões – endividando o Município pelos próximos 15 ou 20 anos, para ostentar placas como se as obras fossem originadas de recursos próprios, procurando enganar e iludir eleitores ingênuos ou desinformados.

Enfim, sim, eu sou totalmente  contrário à atual administração – e continuarei sendo –  direito que me assiste enquanto cidadão  que possui senso crítico apurado  e que conhece certamente como poucos a administração pública.

Talvez o que mais perturbe ao prefeito é que sou uma pessoa absolutamente independente, que não me acovardo, que dou minha cara à tapa e que pouco estou me lixando para o poder financeiro dele. A grande verdade é esta.