Com o aprofundamento das graves suspeitas que recaíram sobre o nosso Judiciário local, de acordo com informações extrajudiciais e notícias que nos chegam diretamente de Salvador, há indícios de que existe a possibilidade de Porto Seguro virar escândalo à nível nacional, a exemplo da Operação Faroeste, e que resultou em prisões até mesmo de desembargadores.
Inclusive com direito à matéria especial no Fantástico, a exemplo do que ocorreu com o ex-prefeito Ubaldino Júnior. Só que de maneira bem mais grave.
Isso porque, afora as suspeitas que recaem sobre alguns membros do Poder Judiciário – algumas delas acreditamos que inverídicas – elas envolvem empresários e, principalmente, a própria Prefeitura Municipal, através da atuação de alguns secretários, os quais por óbvio, presume-se, cumpriam ordens expressas do atual gestor.
A SUSPEIÇÃO DA PROMOTORA LAIR
Nesse sentido, a fim de ver-se blindado com relação à eventuais problemas judiciais, sobretudo em relação à improbidade administrativa, a primeira providência jurídica do prefeito Jânio Natal ao assumir o cargo teria sido levantar a suspeição da promotora Lair Azevedo, profissional corretíssima, atuante e acima de qualquer suspeita, e que nunca aceitou ou deu trégua para prefeitos.
Com a promotora Lair sob suspeita e fora do páreo, em processo administrativo movido contra ela pelo prefeito junto ao Conselho Nacional do Ministério do Público, cuja suspeição teria se encerrado há pouco tempo atrás, o gestor teria pavimentado seu caminho de relativa tranquilidade em relação a possíveis e diversos ilícitos administrativos supostamente cometidos em sua administração, além de supostamente determinar que membros da Justiça tivessem prioridade máxima e os atendimentos fossem realizados em tempo recorde, com licenças ambientais e de implantação de projetos imobiliários concedidos em menos de 30 dias, enquanto os demais contribuintes levam meses e meses para terem seu empreendimentos aprovados.
Isso fora os conhecidos pedidos de “contrapartidas” exigidas – dizem – pela prefeitura aos empresários, o que é praticamente de domínio público, em que pese ninguém tenha a coragem de denunciar, situação que possivelmente tende a mudar com as providências que vem sendo adotadas pela nova Corregedoria Geral de Justiça.
As denúncias são de fato gravíssimas e requerem uma apuração e punição exemplar aos envolvidos. No mais é esperar para ver.