Normal, ainda mais em Porto Seguro, que quem esteja atrás nas pesquisas tente impugnar o resultado de quem está na frente. Faz parte da disputa. Mas o menos deveriam tentar fazer de forma séria e fundamentada. Ou publicar outra pesquisa capaz de desmentir a pesquisa contestada. Agora, dizer que uma pesquisa é falsa ou fraudulenta, através de recursos jurídicos meramente protelatórios e discussões subjetivas, só para tentar impugnar, ainda mais sabendo que a impugnação não se sustentará, é tentar falsear a verdade e induzir o eleitor a erro.
Digo isso porque acabei de ler atentamente as 73 páginas que compõem a representação eleitoral de nº 060077-95.2024.6.05.0122 protocolada por partidos do prefeito Jânio Natal, e posso garantir a todos leitores que as discussões levantadas não passam de puro chororô de campanha, certamente de quem não esperava estar tão atrás nas intenções de votos.
A matemática eleitoral, neste caso, é bastante simples, lógica e implacável: são nada menos do que quase 60% de rejeição consolidada por parte de pessoas que dizem que “não tem nada contra, mas não votam” e que “não votam de jeito nenhum” no atual gestor, conforme sempre alertei aqui neste espaço.
Vejam bem. Não sou eu quem afirma isso. Quem fala isso são os entrevistados. Ponto.
DISCUSSÕES MERAMENTE SUBJETIVAS
O que foi alegado, apenas para tentar desacreditar os resultados – confirmados, aliás, por várias outras pesquisas não registradas – e tão somente para tentar retardar a divulgação por mais 3 ou 4 dias, foi que faltou ao instituto contratado indicar quem pagou a pesquisa, que o Censo de 2010 – únicos dados oficiais que podem nortear os institutos – estaria desatualizado e que a Gasparetto teria feito um sorteio, de forma aleatória, para realizar o seu trabalho.
Basta ler a peça inicial e a resposta da Gasparetto para perceber que as acusações não passam de mimimi, sem base jurídica e fática alguma. Todavia, o juiz eleitoral, po óbvio, preferiu ouvir o Ministério Público, o qual também, ao menos no nosso humilde entendimento, sem a devida fundamentação, mais na base das alegações iniciais, optou por recomendar a suspensão da divulgação até que o instituto esclareça algumas dúvidas.
Isso porque, verdade seja dita, nem mesmos os nobres julgadores detém o conhecimento acerca da correta metadologia, cujo conhecimento é próprio dos institutos especializados. Mas, na dúvida, obviamente a Justiça prefere esperar até ter a certeza de não estar cometendo nenhum deslize.
O CENÁRIO CERTAMENTE NÃO MUDA
Assim foi que a pesquisa que apresenta a deputada Cláudia Oliveira como virtualmente eleita, faltando ainda mais de 90 dias para as eleições, foi temporariamente suspensa, em que pese a Gasparetto seja uma empresa, ao que se saiba, séria e acostumada a acertar suas previsões. Ninguém pense que a empresa não sabe como fazer uma pesquisa ou que venderia e fraudaria o resultado de acordo com a encomenda. A Gasparetto não tem e nunca teve essa fama.
O que significa dizer que não adianta a imprensa de aluguel do prefeito Jânio Natal, sustentada com recursos do contribuinte, querer desqualificar os resultados, muito menos dizer que a pesquisa é falsa ou fraudada, por que não foi nada disso que o MP falou e muito menos o magistrado, cuja decisão deve ser revertida já nos próximos dias.
Qualquer advogado mediano haverá de concordar com o Blog.
Há um equívoco quanto a data do último senso, o último foi realizado em 2022 e não em em 2010.
Sabemos disso, ocorre que sse senso ainda não foi liberado