A época é de campanha eleitoral e o que lamentavelmente se observa nas redes sociais é algo que revela bem o nível cultural, social e moral de algumas pessoas. Os aloprados estão por todos os lados. Não se trata de ser contra ou a favor de ninguém. Escolher o seu candidato é direito de cada um e faz parte do processo democrático. Mas é preciso no mínimo ser coerente e fiel aos fatos. Narrativas totalmente distorcidas da realidade só revelam maldade, ignorância e até mesmo, nos perdoem a força da expressão, burrice.
Defendemos isso em virtude do festival de besteirol que alguns adversários da candidata Cláudia Oliveira insistem em divulgar, através de comentários – alguns pagos – rasos, chulos e desprovidos da mínima lógica, referente aos tais 200 milhões de reais supostamente “desviados” por ela. Quem assim defende está sendo no mínimo leviano.
QUANDO A PF FALOU ISSO?
A uma que jamais a Polícia ou o Ministério Público Federal fizeram tal afirmativa, com o delegado da PF limitando-se a afirmar que estaria investigando contratos, envolvendo três prefeituras, e que esses contrato envolviam a quantia de 200 milhões. E, como bem se sabe, investigados não tem nada a ver com desviados, princípio básico do Direito Penal. Ponto.
A duas que tivemos o trabalho de ler e reler as mais de 1500 páginas do inquérito policial e da denúncia ofertada pelo MPF, acerca dos resultados das Operações Gênesis e Fraternos, e não encontramos uma única linha sequer contra a deputada e que confirmasse as suspeitas iniciais da PF. Ponto dois.
Atentem bem, nós estamos dizendo e afirmando em alto e bom som: uma única linha sequer. Seja através de alguma delação premiada, de um depósito bancário, de uma escuta telefônica ou algo semelhante, com a PF limitando-se a aponta-la apenas como ordenadora de despesas, o que qualquer gestor em exercício o é. Ponto um.
A FORTUNA DA DEPUTADA
Como única evolução patrimonial do casal Oliveira, com seus mais de 30 anos de mandatos públicos – somando os anos de Cláudia e seu marido como gestores e deputados – foi constatado pela PF a aquisição de uma única casa, situada no Outeiro de São Francisco – aliás, uma das mais modestas e baratas do loteamento – a qual boa parte teria sido adquirida através de financiamento bancário. Nada mais do que isso e que envolvesse o nome da pré-candidata. Eu disse absolutamente nada mais do que isso. E olhem que a vida da candidata foi investigada e revirada de cima para baixo à exaustão Se alguém por acaso quiser pesquisar e nos desmentir, o espaço encontra-se aberto ao contraditório.
DA ANULAÇÃO DAS “PROVAS”
A três que a própria Justiça Federal, em recente decisão proclamada pelo TRF1 – a qual prometemos reproduzir aqui assim que tivermos tempo para localizar o acórdão – decidiu por anular todas as supostas “provas” apresentadas pela PF, sob o argumento de que elas teriam sido colhidas de forma ilícita e derivadas de foro incompetente.
Evidentemente, não estamos aqui a defender a santidade de ninguém. Cada um deve responde e pagar pelos seus erros. Mas também não podemos deixar de registrar o que foi decidido pela Justiça Federal, o que poderá ser constatado ou desmentido por qualquer advogado que tenha o trabalho de acessar os autos da ação penal proposta pelo Ministério Público Federal.
OS VERDADEIROS MILIONÁRIOS
Em compensação e em contrapartida, é só olhar atentamente para os lados para ver quem de fato foram os gestores que fizeram verdadeiras fortunas dentro da prefeitura, ostentando patrimônio completamente incompatível com suas funções.
Seja superfaturando obras, seja extorquindo empresários – ou melhor, virando espécie de “sócios” ao cobrar 20, 30 ou até 40% para a concessão de licenças ou aprovação de projetos – transformando a saúde, a educação e a infraestrutura da cidade quase que num caos, além de contrair empréstimos milionários – a deputada não deixou um real de dívida – para ainda querer posar de bom prefeito, tocador de obras e paladino da moralidade pública.
É muita insensatez, isso sim! Muito simples. Basta uma breve comparação dos patrimônios para separar o joio do trigo.